CLASSE: GASTROPODA: TERRESTRE
FAMÍLIA: STROPHOCHEILIDAE
ESPÉCIE: Megalobulimus lacunosus (A. d’Orbigny, 1835)
Tamanho médio: 85 mm
Habitat: vive no solo, sob folhas ou enterrada parte do tempo
Alimentação: provavelmente Herbívoro
Ocorrência: Bolívia
Localidade tipo: Tutulima, Cochabamba, Bolívia
Nome original: Helix lacunosa A. d’Orbigny, 1835
Sinônimo: Bulimus lacunosus (A. d’Orbigny, 1835); Bulimus lacunosus f. sinistralis Blume, 1920; Megalobulimus leucostoma lacunosus (A. d’Orbigny, 1835); Strophocheilus (Borus) rugosus Fulton, 1905; Strophocheilus (Megalobulimus) leucostoma lacunosus (A. d’Orbigny, 1835)
Comentários: Simone, 2006 manteve Megalobulimus lacunosus (Orbigny in Martens, 1868) como sinônimo de Megalobulimus proclivis, trazendo inclusive como imagem para Megalobulimus proclivis (foto 827A e 827B), os exemplares NHMUK 1854.12.4.213 (85mm) coletados na Bolívia
Para comparação mantivemos aqui como duas espécies distintas (Molluscabase, 2024). Conforme Leme & Indrusiak, 1995:
“Megalobulimus proclivis (Martens, 1888), como a grande maioria das espécies de gastrópodes terrestres brasileiros, é conhecida apenas por descrição conquiliológica. Esta espécie apresenta problema com relação ao material-tipo, pelo fato de MARTENS(1868) ter identificado um exemplar procedente de Ròdersberg, Rio Grande do Sul, enviado por R. Hensel, como Bulimus cf. lacunosus Orbigny, 1835, espécie com distribuição restrita aos Andes.
MARTENS (1888), estudando material procedente da “Província de Rio Grande do Sul”, remetido por v. Heimburg, reconheceu seu erro de identificação e descreveu uma nova espécie, a qual denominou Bulimus proclivis e comparou-a com Bulimus ovatus (Müller, 1774). CLESSIN ( 1888), com base em um exemplar enviado por R. v. Ihering, procedente de Taguara (= Taquara) Rio Grande do Sul, descreveu uma nova espécie, Bulimus iheringi. Ihering conservou um exemplar, no Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo registrado como MZSP 1309 junto com um manuscrito em alemão informando que se trata da mesma espécie identificada e publicada por v. Martens como B. lacunosus.
PILSBRY (1895-1896) reconheceu a identidade das duas espécies, transferindo-as para o género Strophocheilus Spix, 1827. Posteriormente (1901-1902: 122) confirmou sua identificação e publicou a figura de Strophocheilus iheringi (Clessin, 1888), com base numa fotografia enviada por H. v. Ihering. BEQUAERT (1948) estabeleceu a sinonímia com a prioridade de S. (Megalobulimus) proclivis e informou a localização do holótipo. dessa espécie no Museu de Berlim; de um topótipo procedente de “Taquara do Mundo Novo” do Rio Grande do Sul, no Museu de História Natural de Chicago; e de um possível outro topótipo no Museu da Universidade de Michigan. Com referência ao destino do tipo B, Iheringi disse desconhecer.”
Fotos: (1) cortesia Carles Dorado (Allspira), Peru, Puno, próximo à fronteira com a Bolívia, v.2023, 105.45 mm; (2,3) Natural History Museum, London: SYNTYPES de Megalobulimus lacunosus; NHMUK 1854.12.4.213; coletados em Tutulima, Cochabamba Bolívia; doador: Alcide Dessalines d’Orbigny; (4) Smithsonian National Museum of Natural History: USNM 104907, Bolívia



Fontes:
Descrição original: (como Bulimus lacunosus f. sinistralis Blume, 1920) Blume, W. (1920). Vier neue Landschnecken. Archiv für Molluskenkunde. 52(3): 127-130., disponível online em https://www.biodiversitylibrary.org/page/35617405
página(s): 129
Simone, L. R. L. (2006). Land and Freshwater Molluscs of Brazil. Editora Gráfica Bernardi, FAPESP. São Paulo, 390 pp.
página(s): 218
Leme, Jose L. M. and Indrusiak, Leocádia F. 1995. “Anatomia E Considerações Sobre Megalobulimus proclivis (Martens, 1888).” Iheringia 78, 19–27. disponível online em https://www.biodiversitylibrary.org/partpdf/43228
Molluscabase: https://www.molluscabase.org/aphia.php?p=taxdetails&id=882480