Todos conhecemos Cupins, que destroem qualquer objeto de madeira e é bastante comum em nossas matas. Mas o mar também possui seu Cupim. Estes habitam troncos de árvores, barcos e construções de madeira que estão em contato com a água salgada. Eles podem ser minúsculos ou podem atingir até dois metros de comprimento. Possuem uma concha que é utilizada para escavar a madeira e a medida que isso ocorre as paredes do túnel vão sendo revestidas por uma camada de cálcio eliminado através de sua pele.
É ainda em estado larval (só visível em um microscópio) que ele vai habitar a madeira e seus túneis vão crescendo junto com ele. A destruição da madeira atinge cerca de 3 centímetros por dia.
O cupim-do-mar ataca e não deixa vestígio externo, apenas um pequeno furo do tamanho de um alfinete, ficando assim difícil detectar sua presença. No norte e nordeste do Brasil as pessoas costumam comê-los, pois possuem um alto teor nutritivo, sendo rico em cálcio e proteínas. Possuem grande importância ecológica, pois aceleram a destruição da madeira que o Rio Amazonas carrega para o mar. Dá para imaginar os danos à fauna que toda essa madeira acarretaria se ficasse depositada no fundo do mar.
No litoral do Brasil os cupins-do-mar, também conhecidos popularmente como teredo ou turu, são representados pelas seguintes famílias e gêneros: Pholadidae – Martesia, Netastoma; Teredinidae – Teredo, Lyrodus, Neoteredo.
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